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Fiocruz afirma que RJ vive epidemia de Chikungunya; secretaria de Saúde nega

Fiocruz afirma que RJ vive epidemia de Chikungunya - Doençoas Tropicais
O aumento é alarmante e mostra que na cidade do Rio a incidência subiu 430%.
Já na Região Metropolitana, o aumento foi de 800%.
O infectologista e cordenador de Vigilância em Saúde e Laboratório de Referência da Fundação Oswaldo Cruz, Rivaldo Venâncio da Cunha, afirmou nesta quarta-feira (12) que o Estado do Rio de Janeiro já conta com 37 mil casos de chikungunya registrados até outubro, o que caracteriza uma epidemia.

O aumento é alarmante e mostra que na cidade do Rio a incidência subiu 430%. Já na Região Metropolitana, o aumento foi de 800%.

"Principalmente se levarmos em consideração que para caso notificado há, em média, dois casos não registrados. A chikungunya é uma doença nova e está chegando com força no Sudeste, onde as pessoas ainda não tiveram contato com a doença e portanto, não têm anticorpos", destacou o especialista.

Até outubro foram registrados, em média, 120 casos de chikungunya por dia no estado do Rio de Janeiro. Número muito maior que o registrado no mesmo período de 2017, quando foram registradas 4.825 ocorrências.

Segundo o médico e assessor da Secretaria Estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, são surtos localizados.

"Não caracterizam uma epidemia no Estado do Rio de Janeiro como um todo. O vírus não se alastrou ainda por todos os municípios como a gente viu em outras epidemias em anos anteriores, mas nós tivemos sim surtos localizados em alguns municípios com impacto muito importante na saúde daquela populacão residente naquela localidade", disse.

Aumento no verão

Segundo o infectologista é certo que o número de casos vai aumentar neste verão porque há muito mosquito Aedes aegypti circulando no estado. E por isso, os desafios para combater a proliferação do mosquito vai além das ações de saúde.

"Além das ações do setor de saúde de buscar uma vacina e criar mosquitos estéreis, geneticamente modificados, e dos moradores, de evitar água parada em casa, os maiores desafios são a deficiência da coleta de lixo urbano, que deixa resíduos sólidos que acumulam água da chuva nas ruas, o abastecimento de água irregular, que faz com que moradores acumulem água em recipientes inadequados e sem vedação, e a violência urbana que impede ações de saúde em áreas de risco", detalhou Cunha.


Além de ser uma doença nova, e que por isso de grande dificuldade para os profissionais de saúde que não têm a prática em seu tratamento, a chikungunya pode ser fatal para grupos de pessoas mais vulneráveis, como idosos e recém-nascidos. Embora os números sejam bem baixos – um óbito para cada mil casos registrados - a doença causa descompensação em pessoas que tenham outras enfermidades, como diabetes, hipertensão e doenças autoimunes.

"A chikungunya causa uma descompensação nas outras doenças, mesmo quando elas estão controladas. E isso causa um descontrole tamanho que pode levar à morte. Além que os efeitos são muito extensos. Há casos de pessoas que ainda sentem dores pelo corpo três anos depois de ter contraído o vírus", destacou o infectologista da Fiocruz.

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